terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Passou, passou, já era...



   Agente passa a vida toda pra aprender o que realmente importa. Às vezes descobrimos tarde demais. E só aí percebemos que não existe máquina do tempo e o que passou, passou, já era...
   Fico a imaginar minha vida com meus filhos na época dos primeiros, primeiro dente, primeiro passo, primeiro mamãe...Daí, me lembro das mulheres, das mães que por terem que trabalhar fora as vezes em mais de um turno, não presenciam tudo isso.
   E agora com essa tecnologia toda, chegam em casa e param no computador, celular e na pra sempre televisão. Quando olham em volta é tarde. Foi a empregada que viveu seus momentos e “espera aí, quando foi que você aprendeu a escrever?” ou “quando foi que você aprendeu a ler?” às vezes “quando você começou a usar drogas” e a resposta “o que interessa você nunca se preocupou comigo!”

Conseguimos a independência, será que queremos ser tão “independentes” assim?

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Rosas







 


        O que quase pôs tudo a perder em minha vida foram aqueles cinco minutos.
        Só precisei deles para mandar o amor da minha vida embora. Aquele maldito ciúme, por que não podia ter confiança em mim? Eu o amo e só ele me tem.
        Mas dessa vez o limite passou, estorei e mandei que desaparecesse da minha vida e que levasse seu ciúme junto.
        Ainda bem, ele não me ouviu. Na manhã seguinte estava à minha porta com aquele sorriso que eu adoro e um pedido de desculpas acompanhado das rosas.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Quadrilha


 

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
Que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes.
Que não tinha entrado na história.



AGORA eu conto a historia!
        

Memorial de uma amizade

          João TDB!!!Moreno, com seu bronzeado dourado, 1,95 de puro sonho. Seus 98 kg, bem distribuídos em músculos totalmente definido, lábios carnudos, olhos castanhos mel e aquele cabelo que ele jogava pra trás com todo seu charme. Bem humorado super fofo, sensível, sempre o mais desejado da roda.
         Tereza Loura, magra 1,60. Vivia isolada, calada, era considerada a estranha da turma.
         Raimundo Mulato, nem forte nem magro, e 1,75 só de “tassia-axando” super egocentrico, só Pensava nele, ria dele e vivia pra ele.
         Maria Baixa, só 1, 53, era ruiva e sempre estava feliz, curtindo o presente, esquecendo o passado, sem pensar no futuro.
         Joaquim O mais velho do grupo era um quarentão muito bem conservado, olhos verde, moreno, sempre preocupado com sua empresa, quase não saíam com a gente.
         Lili Morena, alta, muito feliz, gostava de curtir cada momento como se fosse o ultimo.
— O que está fazendo Lili?
—Um memorial da nossa turma de amigos.
—Deixe-me ver?!
       Era o meu marido J. Pinto Fernandes. Conheceu meus amigos um ano antes de nos separarmos.
       Ele leu tudo em silencio e depois de me devolver, só perguntou:
—Você vai escrever maio que?
—O que agente fazia, o rumo que cada um tomou e o porquê.
—Me conta essa história, não me canso de ouvi-la.
—João, mesmo achando Teresa estranha a amava em silencio, eu era uma espécie de confidente dele, me contava de seus sonhos e propostas para fazê-la feliz. Quando eu o questionava por que ele nunca disse que a amava ele só me respondia “porque ela ama outro!”
         “Esse ‘outro’ era Raimundo. Ele por sua vez, a achava estranha e a ignorava sua existência. Fazendo-a sofrer pelos cantos.
         “Raimundo era apaixonado por Maria, mas como seu orgulho era maior que ele, nunca se abriu por saber que Maria realmente gostava de seu melhor amigo, o Joaquim.
         “Este, gostava de mim, sabia se declarar, mandava flores, chocolate, sempre galante. Mas eu, não achava graça nele e nos outros. Para mim, entre nós, só existia, amizade.
         “Quando nos encontrávamos  na praia, ou em um bar sexta a noite, o que mais rolava eram sorrisos de falsa felicidade.
         João se tornou modelo e foi para os Estados Unidos, agora a pouco tive noticias dele, está namorando e é pai. Imagino como deve ser lindo seu filho. Teresa entrou para o convento e de lá só sai no Natal para visitar seus pais. Quando a encontrei no mês passado, disse-me que até hoje sofre por Raimundo.
         Senti um enorme desconforto não sabia como lhe falar que ele havia morrido em um acidente de trânsito. Quando soube chorou tanto que eu achei que ela ia desidratar. (Ai Jesus! Passei um sufoco!).
         Maria está solteira até hoje. Mora em um pequeno apartamento no centro, que divide com algumas colegas de trabalho. Joaquim por não ter tido seu amor correspondido suicidou-se. Carrego a culpa até hoje.
         E eu??! Estou casada com um homem maravilhoso que me deu três lindos filhos, que me fazem muito feliz.