segunda-feira, 25 de setembro de 2017

 Então chegou a hora? Como saber? Quais são os sinais? Eu não consigo identificar! Que desespero!
Ai meu Deus! É agora!

Eu sei que preciso sair daqui, desses pensamentos, dessas ideias, dessas imobilidades. Eu sei!
Ninguém me falou que era tão difícil, ninguém. Por que achar que teriam rosas, arco-iris e unicórnio? Por que nos ensinam todas essas coisas? Não é real, não ajuda, só retarda.Porque agora, agora isso não faz diferença. Não mais, se é que fez.

Isso é crescer? E por que é dolorido? Não tem o lado certo a seguir, não tem orientação, é só você e as consequências. Ah, as consequências... Eu não posso mais ter raiva, a raiva é amiga das consequências ruins, é aliada da boca e do rancor. Quase prima do arrependimento.

Preciso de clareza pra sair daqui, cadê ela? Sempre foge com o alívio quando preciso. Ela não percebe que sem ela a raiva me engana? Sempre me faz pensar que está certa e que a noite será nossa, esse quarto onde nos divertimos a noite, bebendo ideias, nos amando sobre decisões precitadas de manhã só tem o arrependimento e a decepção de companhia.

E só por isso, só por isso estou parada aqui imóvel, louca, indecisa, repleta de medo. A raiva me usou novamente. Que amante suja ela é. Estou usada, estou esgotada. A clareza ligou, disse que deve aparecer pela tarde, mas o alívio virá só no final de semana.

Até lá, continuo aqui, parada, com medo e perguntando se é a hora de sumir ou assumir.